“Encantada é a primeira palavra que me ocorre quando penso na leitura que realizei sobre Na Fresta Entre Mundos da Eliane Borges.
Nunca li nada que referência a visão sociológica e antropológica de um personagem ao se debruçar sobre uma “civilização”, povo local, enfim.
Em Na Fresta entre Mundos conhecemos: Luísa uma antropóloga com a qual vamos viajar ao deserto de Novo México, na Califórnia, para realizar sua pesquisa de doutorado. O período é anos oitenta, e com ela vamos conhecer ancestrais de uma tribo indígena e por causa dessa tribo, uma fresta que separa dois mundos.
Além de Luísa vamos ter outros profissionais que fazem descobertas, estudos sociais e históricos com visões latinas, conexões culturais, desafios entre o homem branco e sua visão em relação ao homem indígena. Ademais, vamos questionar o que é real e o que é imaginário, preocupações sobre o universo, as riquezas naturais, as visões de ciência e conhecimento humano.
A experiência de um olhar único sobre fé, conhecimentos ancestrais, origens e cultura, além das divergências entre uma cultura e outra, torna essa jornada única. Vemos vários antagonistas nessa esteira da narrativa: branco X índio; ciência X humano; atropologia X empírico, e por aí vai.
Amei conhecer os estudos do Latino Casteñeda e suas visões sobre antropologia e cultura.
T
ambém amei como a autora tornou a visão atropológica, mais acessível ao olhar do leitor, semeando uma pontada de fé no imaginário! Que alegria, poder me debruçar nessa história que embora curta se formos nos referenciar pelo número de páginas, se revelou tão densa e profunda.
E preciso dizer que muito me chamou a atenção as referências do papel da fotografia nos registros e documentações antropológicas. Vai ser uma aula incrível de descoberta sobre uma civilização e vai encantar o leitor!” – Floresça Entre Livros – instagram.com/florescaentrelivros